HISTÓRICO
Esta dieta é baseada na filosofia macrobiótica, introduzida no ocidente pelo Dr. George Ohsawa. Segundo essa filosofia, todos os alimentos, as manifestações humanas e as variáveis do universo, classificadas em yin ou yang (forças complementares), são combinadas para que o ser humano viva em harmonia consigo mesmo e seu organismo mantenha o equilíbrio.
A macrobiótica, a princípio, é um sistema vegetariano estrito. No entanto, a ingestão de carne foi incluída em alguns níveis da dieta após chegar ao ocidente, devido à dificuldade dos ocidentais de eliminar a ingestão de carne.
COMO FUNCIONA???
A escolha dos alimentos depende da época do ano e varia de acordo com a energia de cada um. Na primavera, predominam plantas selvagens e alimentos ligeiramente fermentados. No verão, devem-se preferir legumes com folhas grandes e frutas. No outono, são indicados legumes de raiz, cereais, etc. E no inverno, além de vegetais de raiz, devem-se consumir também vegetais redondos. A ingestão de alimentos crus é recomendada apenas em condições específicas, portanto, de modo geral os alimentos como vegetais e frutas devem ser cozidos rapidamente ao vapor.
Alguns princípios básicos regem a dieta macrobiótica, como: não ingerir alimentos industrializados, bem como vegetais e frutas que não sejam orgânicos. Usar condimentos que não contenham aditivos químicos e não utilizar fermentos. Não utilizar chás e cafés com corantes ou conservantes. Deve ser evitado o consumo de batatas, tomate e berinjela, por serem considerados vegetais muito yin. É desaconselhada a ingestão de carnes e laticínios, por conterem produtos artificiais. Quando livres de aditivos, as carnes podem ser consumidas ocasionalmente. Consumir apenas alimentos integrais. Além disso, deve-se mastigar no mínimo 50 vezes cada porção (de preferência mais de 100 ou 150 vezes) e evitar o uso de panelas de alumínio.
A dieta macrobiótica é divida em 10 níveis, que variam de -3 a 7, de acordo com as proporções entre grupos de alimentos: cereais, vegetais, sopas, alimentos de origem animal, saladas e frutas, sobremesas e bebidas. A dieta ideal é considerada a de número 7, que consiste apenas em cereais com uma quantidade mínima de bebida. Porém, a dieta clássica da cozinha macrobiótica consiste em 50% a 60% de cereais, 30% de vegetais, 5% de sopa e pequenas quantidades de outros alimentos.
Os cereais integrais são os únicos alimentos considerados equilibrados para o ser humano, devendo constituir a maior parte da dieta.
A macrobiótica preconiza também atividade física e mental adequadas.
PONTOS POSITIVOS
Incentiva a redução de alimentos industrializados;
Apresenta um baixo teor de sódio;
Estimula o consumo de alimentos integrais;
É uma dieta com alto teor de fibras;
Apresenta baixo teor de gordura saturada e colesterol;
Pode ser um possível processo de desintoxicação.
PONTOS NEGATIVOS
Limita o consumo de vegetais e frutas;
Desencoraja o consumo de carnes e laticínios;
Restringe a ingestão de líquidos;
Interfere na vida social do indivíduo.
OPINIÃO DO PROFISSIONAL
Esta dieta desestimula o consumo de alimentos industrializados, assim, pode evitar o aparecimento de doenças crônicas como a obesidade e suas complicações. A redução do nível de sódio também contribui para a diminuição do risco de hipertensão arterial. Entretanto, a limitação imposta no consumo de vegetais e frutas, bem como a de laticínios, pode representar uma alimentação desequilibrada, não contendo as quantidades corretas de todos os grupos de alimentos, podendo ser responsável pelo surgimento de doenças carenciais, principalmente osteoporose e anemias por carência de ferro e vitamina B12. Além disso, a relação entre o consumo de frutas e vegetais e a estação do ano não tem cunho científico. Outro fato é que a restrição de ingestão hídrica pode apresentar risco de desidratação para o indivíduo. Para sua segurança e sucesso da sua dieta, procure um nutricionista.
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