terça-feira, 20 de setembro de 2011

O estresse pode alterar os níveis de colesterol?

Sim. Diversos estudos correlacionam o estresse emocional com o aumento do colesterol sanguíneo, embora este mecanismo não esteja elucidado.


O que se sabe é que o estresse pode provocar aumento do colesterol total pelo aumento de LDL (lipoproteína de baixa densidade) e diminuição de HDL (lipoproteína de alta densidade), favorecendo as doenças cardiovasculares. Os autores comentam que o estresse por si só não é considerado um fator de risco para as doenças cardiovasculares, mas sim quando associado a outros fatores como tabagismo, má qualidade da dieta, sedentarismo, entre outros.

O estresse também estimula o sistema nervoso simpático, liberando adrenalina na corrente sanguínea, resultando no aumento da frequência cardíaca, aumento da força contrátil dos batimentos cardíacos e aumento da resistência periférica, resultando no aumento da pressão arterial, o que também é fator de risco para as doenças cardiovasculares.

Um experimento com ratos de laboratório provou que o colesterol dos animais que sofriam de estresse a partir de choques elétricos era significativamente mais alto do que o do grupo que não recebia os choques, sendo que ambos os grupos se alimentavam de uma mesma ração rica em lipídios.


Já estudos com seres humanos demonstraram que homens executivos apresentam níveis de colesterol mais elevados em períodos de maior estresse, comparados com períodos mais calmos nas empresas onde trabalham, sem mudanças significativas na alimentação e atividade física. Estudantes de medicina também apresentaram maiores níveis de colesterol durante o período de exames, comparados aos períodos em que não estavam sob o estresse das provas. Em ambos os casos, não foi citada a relação com o risco para doença cardiovascular.



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