sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Carne Vermelha versus Carne Branca

Carne Vermelha versus Carne Branca


São muitas as contestações a respeito da ingestão de carne vermelha na alimentação humana, com restrições principalmente voltadas ao seu conteúdo de gordura saturada e colesterol. Dessa forma, o consumo de carnes brancas, como frango e peixe, acaba sendo incentivado como substituinte.






No entanto, a carne vermelha é um alimento com grandes quantidades e variedades de nutrientes, sendo riquíssima em substâncias fundamentais para o crescimento e desenvolvimento. É o alimento que contém a maior quantidade de ferro, sendo por isso muito importante na prevenção de anemia, principalmente nos grupos de risco, que incluem crianças, gestantes e idosos em geral. Além disso, é fundamental na formação do sangue e de algumas enzimas do sistema respiratório. Ainda, este alimento é rico em proteínas de alto valor biológico, essenciais para o crescimento de músculos, órgãos e tecidos em geral. O zinco, também encontrado em boa quantidade na carne de gado, é componente importantíssimo de muitas reações enzimáticas e participa do crescimento e funcionamento do sistema imunológico.


Com relação aos possíveis malefícios da carne vermelha, estes são instalados quando a ingestão é excessiva e predominantemente realizada com cortes mais gordos, que são ricos em gorduras saturadas e colesterol. Porém, se o consumo for moderado e principalmente em equilíbrio com demais tipos de alimentos, não influenciará para uma vida saudável. A ingestão deve ser feita preferencialmente com cortes mais magros (filé mignon, lagarto, patinho, etc.), deixando a picanha e carnes mais gordurosas para ocasiões esporádicas.






As carnes brancas apresentam basicamente os mesmos nutrientes da carne vermelha: proteínas de alto valor biológico, ferro, zinco, porém apresentam normalmente menores quantidades de gordura saturada e colesterol, e a digestibilidade também pode ser melhor para algumas pessoas. Além disso, o teor de ferro nas carnes brancas é inferior a carne vermelha. Os peixes, especificamente, são excelentes fontes de ácidos graxos insaturados, que apresentam importantes benefícios à saúde.


A carne suína apresenta composição nutricional bem similar à carne vermelha, porém o teor de lipídeos é bem superior, exceto no lombo, que é a parte mais magra do porco, sendo compatível com a composição lipídica do frango. O consumo de carne suína deve ser feito com moderação e alternando os demais tipos de carne (carne bovina, frango e peixe).






Dentro de uma dieta balanceada, deve-se priorizar as proteínas de alto valor biológico das carnes nas principais refeições, tendo sempre um cuidado especial com os exageros, com o excesso de gordura dos diferentes cortes e escolhendo preparações mais saudáveis, como as formas grelhadas, assadas ou cozidas.





fonte: http://www.rgnutri.com.br/

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Influência da Suplementação de Carboidratos em Atletas na Função Imune

É sabido que o exercício prolongado reduz acentuadamente os níveis de glicogênio muscular, tornando constante a preocupação com sua reposição correta. Dessa forma, a ingestão de uma dieta rica em carboidratos é fundamental para o desempenho de todas as atividades esportivas, em todos os seus níveis, mas principalmente nos exercícios de alta intensidade e longa duração (SBME, 2009).







A lesão tecidual que ocorre após o exercício intenso e prolongado provoca uma resposta de fase aguda no nosso sistema imunológico (NIEMAN; BISHOP, 2006), caracterizada pela liberação de citocinas pró inflamatórias e fator de necrose tumoral, sendo que essas atuam sinergisticamente. Além disso, citocinas pró inflamatórias liberadas em resposta à lesão muscular induzida pelo exercício exaustivo estimulam o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), sendo que isto promove aumento da liberação do cortisol ao mesmo tempo em que limita a liberação de interleucinas (NIEMAN; BISHOP, 2006). É válido ressaltar que a diminuição da concentração plasmática de glicose está relacionada com a ativação do eixo HHA e o subsequente aumento da síntese e liberação de cortisol (NIEMAN; BISHOP, 2006).






Uma série de intervenções nutricionais tem sido testada com o intuito de modular os efeitos induzidos pelo exercício intenso e prolongado sobre a resposta inflamatória e imune, sendo que os resultados mais positivos são observados com a suplementação de carboidratos (NIEMAN; BISHOP, 2006; NIEMAN, 2007; MENDES et al, 2009). Alguns estudos recentes têm relacionado a ingestão de carboidratos durante o exercício de resistência aeróbica a fatores tais como: redução das respostas do cortisol, menor perturbação da contagem do número de células do sistema imune no sangue e diminuição da atividade fagocitária e oxidativa dos granulócitos e monócitos (NIEMAN, 2003; NIEMAN, 2007; MENDES et al, 2009).






Em um estudo recente feito com 16 judocas, foi observado que a ingestão de bebida carboidratada pelos atletas durante uma sessão de treino resultou em uma possível proteção à saúde imunológica dos atletas (MENDES et al, 2009). Em um outro estudo realizado com dez triatletas foi avaliado o efeito do exercício e da ingestão de uma bebida contendo carboidrato (6%) versus placebo sobre a resposta imune após 2,5h de corrida ou ciclismo. Foi observado que a ingestão de carboidrato, mas não a modalidade de exercício, influenciou significativamente as respostas plasmáticas de glicose e hormônios, promovendo diminuição das alterações na contagem de leucócitos e de citocinas no sangue (HENSON et al, 1999).






Sendo assim, estes estudos indicam que atletas que utilizam desta estratégia nutricional em exercícios prolongado e intensos podem minimizar o estresse fisiológico e, com isso, proteger o sistema imunológico.




Fonte: http://www.rgnutri.com.br/


Referências


BISHOP, N.C., BLANNIN, A.K., ROBSON, P.J., WALSH N.P., GLEESON, M. The effects of carbohydrate supplementation on immune responses to a soccer-specific exercise protocol. J Sports Sci. v 17, n 10, p 787-96, 1999.






HENSON, D.A., NIEMAN, D.C., BLODGETT, A.D., BUTTERWORTH, D.E., UTTER, A., DAVIS, J.M., et al. Influence of exercise mode and carbohydrate on the immune response to prolonged exercise. Int J Sport Nutr, v 9, p 213-28, 1999.






MENDES, E.L., BRITO, C.J., BATISTA, E.S., SILVA, C.H.O., PAULA, S.O., NATALI, A.J. Influência da suplementação de carboidrato na função imune de judocas durante o treinamento. Rev Bras Med, v 15, n 1, p 58-61, 2009.






NIEMAN, D.C., HENSON, D.A., SMITH, L.L., UTTER, A.C., VINCI, D.M., DAVIS, J.M., et al. Cytokine changes after a marathon race. J Appl Physiol, v 91, n 1, p 109-14, 2001.






NIEMAN, D.C. Current perspective on exercise immunology. Curr Sports Med Rep, v 2, n 5, p 239-42, 2003.






NIEMAN, D.C., BISHOP, N.C. Nutritional strategies to counter stress to the immune system athletes, with special reference to football. J Sports Sci, v 24, p 763-72, 2006.






NIEMAN, D.C. Marathon training and immune function. Sports Med, v 37, p 412-5, 2007.






HERNADEZ, A.J., NAHAS, R.M. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte, v 15, n 3, p 3-12, 2009.

















domingo, 5 de fevereiro de 2012

Que alimentos podem ajudar no ganho de massa muscular para quem pratica musculação?

O ganho de massa muscular está relacionado com o consumo de proteínas. A proteína tem a função de fazer o reparo de lesões induzidas pelo exercício nas fibras musculares. O organismo usa pequena quantidade de proteína também como fonte de energia durante a atividade física.







Como vimos, as necessidades protéicas de um atleta são maiores do que um indivíduo sedentário. Portanto, o consumo de alimentos ricos em proteínas pode, teoricamente, aumentar seu ganho de massa muscular. No entanto, o aumento do consumo de proteína deve ser supervisionado por nutricionista especializado para se evitar conseqüências não desejadas.





Bibliografia (s)
Guerra I. Importância da alimentação do atleta visando a melhora da performance. Nutrição em Pauta. 2002;X(55):63-6.