quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tensão Pré Menstrual : O Que a Nutrição Pode Ajudar?

A tensão pré menstrual é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que causa sofrimento em grande parte das mulheres (DAUGHERTY, 1998; THYS-JACOBS, 2000). Sendo assim, ela pode ser conceituada como a ocorrência repetitiva de uma série de alterações físicas, do humor, cognitivas e comportamentais tendo a presença de queixas de desconforto, irritabilidade, depressão ou fadiga, normalmente acompanhadas de intumescimento e sensação dolorosa dos seios, abdome, extremidades, além de cefaléia (dor de cabeça) e compulsão por alimentos ricos em carboidratos (VALADARES et al., 2006, MARVAN; CORTES-INIESTRA; 2001).






A tensão pré menstrual pode ser dividida em quatro categorias:
1.Ansiedade pré menstrual: que é caracterizada pela elevação dos estrogênios e baixa da progesterona no sangue, sendo os sintomas, ansiedade, irritabilidade, insônia e depressão.


2.Desejos alimentares pré menstruais: são caracterizadas por uma evidência de hipoglicemia reativa, sendo os sintomas, desejo de comer doces, aumento do apetite, cefaléia, palpitações e cansaço ou sensação de desfalecimento.


3.Depressão pré menstrual: é caracterizada pelo aumento dos níveis de progesterona mais tarde no ciclo menstrual e possível aumento dos hormônios masculinos (andrógenos). Os sintomas são depressão, esquecimento, confusão e letargia.


4.Retenção hídrica pré menstrual: caracterizada pela retenção de sódio e possivelmente elevação da aldosterona (hormônio que afeta a retenção de líquido). Os sintomas relacionados são ganho de peso acima de 1,4 kg, congestão de mamas, distensão abdominal e edema da face e extremidades.


Muitas condutas nutricionais são discutidas e estudadas com o objetivo de minimizar os sintomas da TPM. Um deles parece estar relacionado aos níveis de cálcio sérico. Supõe-se que uma ingestão aumentada de cálcio poderia prevenir as alterações no humor e após o período menstrual. Assim, um copo de leite magro extra por dia parece ajudar na prevenção destas alterações de humor (THYS-JACOBS, 2000).

Um estudo recente feito na Inglaterra demonstrou que mulheres que ingeriam alimentos contendo soja apresentavam uma melhora em alguns sintomas da TPM, como, dor de cabeça, dores nas mamas e diminuição do inchaço (BRYANT et al, 2005).


Outros alimentos são estudados para a recomendação nutricional deste período, como se segue:



Vitamina B6 - Contra enjôo, cefaléia e irritabilidade. Boas fontes: arroz integral, germe de trigo, aveia, amendoim, nozes, batata, banana, salmão, atum, fígado de boi.


Proteína de soja – Parece diminuir sintomas como cefaléia, dores nas mamas e diminuição do inchaço. Boas fontes: alimentos enriquecidos com a proteína de soja como, sucos, bolachas, pães e barra de cereais.


Vitamina E - Evita cefaléia, dores nas mamas e cólicas. Boas fontes: cereais integrais, noz, castanhas, azeite de oliva, azeitona, óleo de soja e de girassol, milho, gema de ovo, agrião.


Cálcio – Alivia as cólicas e nervosismo. Boas fontes: leite e derivados, vegetais e folhas verde escuro, como couve e brócolis.


Magnésio - Este mineral tem função complementar às funções do cálcio. São boas fontes de magnésio as folhas verdes escuras.


Ácidos graxos - Reduz irritabilidade e dores nas mamas. Boas fontes: óleo de peixe marinho e frutos do mar (ricos em ômega 6 e ômega 3). Excelentes fontes são salmão e atum.


Vale ressaltar que tais alimentos são indicados para amenizar os sintomas neste período, porém é importante também evitar o consumo de alimentos ricos em gordura, sal, (embutidos e conservas), açúcares e alimentos com alto teor de cafeína (café, chá preto e mate, coca-cola e guaraná), pois são agravantes do quadro (SAMPAIO, 2002).






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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rede credenciada AMIL



DOCTOR CENTERMED SERVICOS MEDICOS E ODONTOLOGICOS


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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quais instrumentos são utilizados durante consulta?

Durante a consulta com o nutricionista muitas pessoas pensam que o contato será somente verbal, e por esse motivo muitas vezes deixam de ir ao profissional. Porém, para sanar toda e qualquer dúvida iremos hoje mostrar os procedimentos e os instrumentos que são utilizados durante a consulta.
 
A principio é feita uma anamnese minuciosa sobre estado de saúde, patologias, preferência alimentares.

Começamos então:
Balança - Nela vamos aferir o peso atual do paciente, com roupa leve.
Temos versões de platarforma que o estadiometro vem acoplado como figura a baixo, e temos a de chão, que afere somente o peso.



Fita métrica: Aferimos as medidas de braço, coxa, ante-braço.. cintura , quadril.  

Adipometro: Com ele iremos aferir o % de gordura de áreas com maior acúmulo de gordura. Como braço, coxa, cintura.. E depois faremos o % de gordura total do corpo.
Somente após ter feito toda essa avaliação, o profissional irá ver a necessidade nutricional do paciente e assim prescreverá um plano alimentar exclusivo adequado ao estado nutricional.
Esse plano é feito individualizado, pois leva-se em conta:
  1. Horário que toma café da manhã e demais refeições
  2. Rotina de trabalho, disposição ter geladeira e outras limitações
  3. Preferencia alimentares
  4. Local que faz as refeições, restaurante, leva de casa..
  5. Nível de atividade física.. tempo de atividade...

E outros fatores.

Com isso vemos a importancia de um atendimento individualizado. O nutricionista é o único profissional capacitado para fazer prescrição de plano alimentar.

Um abraço, e aguardo vocês para avaliação!





 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Novidade nos atendimentos: GAMA


Agora atendimentos também pelo GAMA Saúde.
Em Jardim Camburi!!

CLINÍCA DOCTOR CENTERMED 3337-4148

Agende já sua consulta!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ácido Linoleico Conjugado - CLA

Ácido Linoleico Conjugado - CLA




O Ácido Linoléico Conjugado (CLA) se refere a uma mistura de isômeros do ácido linoléico (18:2 n-6) em que as duplas ligações são conjugadas em vez de existirem na configuração interrompida metilênica típica (MOURÃO et al., 2005).






O CLA foi descoberto na década de 70, e desde então, vem sendo estudado de forma constante e exaustiva quanto às suas supostas propriedades benéficas à saúde, em especial a redução da gordura corporal, o que tem sido associado ao controle das doenças crônicas degenerativas (SANTO-ZAGO; BOTELHO; OLIVEIRA, 2008).






Ele é naturalmente encontrado em alimentos como carnes bovinas e de demais animais ruminantes (PARIZA; PARK; COOK, 2001), como também em aves, ovos e leite e seus derivados, como queijos e iogurtes, desde que tenham sofrido algum tratamento térmico. Gorduras vegetais não são fontes significativas de CLA. No entanto, este pode ser produzido a partir do ácido linoléico encontrado no óleo de girassol, por um tratamento tecnológico especial. O CLA foi originalmente encontrado na gordura presente no leite, sob forma de triglicerídeos e fosfolipídios. Há fortes evidências de que o leite humano seja uma fonte importante de CLA (HENDLER, 2001).






O CLA não pode ser produzido pelo organismo humano e apesar de estar presente em muitos alimentos, diversos fatores ambientais e relacionados ao estilo de vida podem bloquear com facilidade a enzima que transforma esse ácido graxo na sua forma biologicamente ativa (SMEDMAN; VESSBY, 2001). Em virtude disto, pesquisadores estão estudando diversas estratégias para aumentar, de forma natural, a concentração de CLA em alimentos, dentre elas, modificando a ração de vacas com suplementação de ácidos graxos insaturados.






Estudos
O consumo de CLA vem sendo atualmente relacionado a efeitos anticarcinogênicos (LEE et al., 2005), antiaterogênicos e, para os indivíduos fisicamente ativos e atletas, agiria sobre a composição corporal, reduzindo o percentual de gordura, contribuindo para o aumento da massa magra. No entanto, essas ações do CLA vêm sendo estudadas, sobretudo em pesquisas experimentais com animais. São poucos, na realidade, os estudos com humanos.


Há muitas controvérsias a respeito da suplementação de CLA devido aos diferentes efeitos fisiológicos citados por várias pesquisas (BOTELHO; SANTOS-ZAGO; REIS et al., 2005).






O primeiro estudo duplo-cego placebo-controlado com suplementação de CLA em humanos (indivíduos normolipidêmicos) para investigar o efeito do CLA no metabolismo de lipoproteínas foi publicado em 2001 (NOONE et al., 2001). O efeito da suplementação (3 g/d), durante 8 semanas, com misturas isoméricas de CLA em diferentes proporções (50:50 ou 80:20) dos isômeros 9c,11t e 10t,12c em sujeitos normolipêmicos, resultaram na observação de que a mistura isomérica 50:50 reduziu significativamente as concentrações de triacilgliceróis (-20%), enquanto que para a mistura 80:20 não foi observado nenhum efeito. Novamente foi indicado o isômero 10t,12c como redutor dos níveis de lipídios. A concentração plasmática de triacilgliceróis tem sido identificada como um fator de risco para as doenças cardiovasculares (YANAGITA; NAGAO, 2008) e um importante contribuinte para a aterotrombose (CICHOSZ, 2007).






Um estudo randomizado feito por Norris et al., 2009, com mulheres pós menopausa, obesas e diabéticas tipo 2, observou que a suplementação de CLA durante 16 semanas obteve resultados benéficos, sendo que houve uma diminuição do peso corporal, IMC, percentual de gordura e ainda houve uma melhora no controle glicêmico das mulheres (NORRIS et al, 2009).






Outro estudo feito com 53 indivíduos saudáveis observou que os indivíduos que consumiram 4,2 g de CLA por dia obtiveram uma redução de 3,8% de gordura, comparado com os indivíduos não consumiram o CLA (SMEDMAN; VESSBY, 2001).






Entretanto, apesar de alguns estudos demonstrarem resultados benéficos, outros estudos têm demonstrado efeitos contrários. Uma série de estudos experimentais feitos em animais e estudos de revisão tem mostrado que a suplementação de CLA pode levar ao aumento do fígado, esteatose hepática, hiperinsulinemia e diminuição dos níveis séricos de leptina (WEST et al., 1998; DELANY et al., 1999 ; TSUBOYAMA-KASAOKA et al., 2000; KELLY, 2001; POIRIER et al., 2005).






Sendo assim, são necessários mais estudos para elucidar a ação sobre a composição corporal e sobre os demais efeitos associados à suplementação de CLA. Vale lembrar que a ANVISA, com o intuito de proteger e promover a saúde da população, proibiu a comercialização no Brasil do CLA, até que os requisitos legais que exigem a comprovação de sua segurança de uso, mecanismos de ação e eficácia sejam atendidos (ANVISA, 2007).